sexta-feira, 13 de maio de 2011

Foi

Ah, o Romântico!

(...suspiro profundo...)

Espera, espera e faz!

Faz aquilo que lhe dá na telha
E quando essa mesma telha lhe volta
Por um arremesso à cabeça


 (Uh! Que dor!)

O Romântico volta a si

Tal qual caramujo desconsolado
O tempo passa e o fato
Vira já um distante passado
Eles juntos reconstroem a telha
Tal qual era, anteriormente


Qual sua força divina?
Qual seu amor incondicional?
Qual essa magia que ensina
A espantar tanto mal?


Com flores e velas
O Romântico se envolve
E sua morada é repleta
De canções e 'love stories'


Romântico, Romântico
Não vais aprender nunca?
A vida ensina diariamente
E você mais no amor se aprofunda?


Não mede consequências
Ama de todo o coração
De todo o amor
Se enche de ilusão?


Vive a sofrer
Com sua garrafa na mão
Tal qual o boêmio
A cantar a mesma canção
Desbotada pelo tempo...


              Vês?
O novo dia chega
E o Romântico novamente
Ergue a mesma cabeça


E sente em si
Aquela estranha sensação
De que o amor que tanto espera
Está ali bem perto
Ou na distante primavera.


Mas Romântico, estamos no outono...
Logo, logo, virá o inverno
Quem mais além de você
Acalentará seu calor interno?


Sim, ele procurará
Pelos bares, pelos lares, pelas festas
Aquela metade pré-destinada
Que o fará supor sutilmente
Que tal alma é penada.

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