terça-feira, 28 de junho de 2011

De repente, não mais que de repente

Seis anos se passaram

Ameixas sobre a mesa
Bolo de laranja e café
Abraços, beijos e frio

- O segredo da luz acesa -

segunda-feira, 27 de junho de 2011

La edad del cielo

No somos más
que una gota de luz,
una estrella fugaz,
una chispa, tan sólo,
en la edad del cielo.

No somos lo
que quisiéramos ser,
solo un breve latir
en un silencio antiguo
con la edad del cielo.

Calma,
todo está en calma,
deja que el beso dure,
deja que el tiempo cure,
deja que el alma
tenga la misma edad
que la edad del cielo.

No somos más
que un puñado de mar,
una broma de Dios,
un capricho del Sol
del jardín del cielo.

No damos pie
entre tanto tic tac,
entre tanto Big Bang,
sólo un grano de sal
en el mar del cielo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011



                                                                               AE!


:)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Imperfeição

Nasceu uma bolha no meu pé.

Pronto.

Motivo para mancar.

Percebi que havia algo estranho na segunda-feira. Estava de botas, com duas meias, tirei uma, durante o dia, mas só fui perceber que meu pé estava inflamado, à noite. Havia uma camada vermelha bem próximo dos dois últimos dedos: o que a gente sempre bate em qualquer lugar e o seu companheirinho do lado...rsrsrs...

Terça-feira, manquei o dia todo. Era impossível colocar o pé inteiro no chão. Então, andei o dia todo apoiada na perna direita, para me segurar no ônibus, para ficar parada esperando qualquer coisa. Encontrei minha mãe por acaso, em Pinheiros. Estava esperando para atravessar a avenida e minha mãe estava num ônibus que parou à minha frente. Bati na porta, o motorista abriu e ela desceu. Assim. O jargão veio mesmo a calhar: "se tivéssemos combinado...". Na volta, pegamos um trânsito violento. Os caminhões estão proibidos de trafegar pela BR e estão cortando caminho por dentro da cidade = 2 horas no ônibus, em pé, com uma bolha, também no pé.    (:     Quando cheguei em casa, tomei um banho demorado... (tenho vergonha de assumir isso) e fui para meu quarto. Para minha surpresa, havia uma camada diferente de pele entre os dedos. Não tive dúvidas: pus, inflamação... fiz um pequeno furinho e o resto já se pode imaginar.

Quarta-feira, véspera de feriado e o pé desse jeito. Só coisa boa...
Entrei no ônibus e fui para o fundo. As pessoas em pé, administrando o espaço que já era limitado. Tentei ficar entre duas mulheres. Enquanto isso, essas "guardiãs" dos bancos que em um futuro não muito distante, as acomodariam, não fizeram questão de me ceder um espacinho. Então, durante todo o caminho, fiquei ali, espreitada entre duas mulheres de 1.60. Foi até engraçado. Existiu ali uma questão de "defender o que é meu"...
Hoje, tiro o aparelho dos dentes, em partes corrigiu algumas imperfeições, como alguns dentes tortos que tem origem genética, mas... estou com a mordida cruzada: o que me faz algumas vezes não conseguir abrir a boca por completo e quase sempre ouço alguns estalinhos enquanto mastigo, no maxilar, do lado direito. É constrangedor e me sinto mal, por isso. Espero resolver em breve.

***

Fiquei pensando enquanto estava mancando pelos percursos diários na questão do diferente. Aqui, o diferente com necessidades especiais (termo politicamente correto e aceito há pouco tempo). A pessoa de cadeira de rodas, a pessoa que usa muletas... a lista é grande - fiquei pensando em como a cidade não está preparada para dar suporte e atender às necessidades da população. As calçadas são desniveladas, os sinais são rápidos para os pedestres, diferente para os carros. E por falar em motoristas e pedestres... uma falta de educação generalizada e humanidade, em alguns casos... todo mundo age com o pensamento em cuidar do que é seu. Estão certos, se pensarmos no que o discurso que nos é imposto a vida toda.

Me lembro que em 2008, enquanto esperava minha carona diária, em um dia de chuva e trânsito, ajudei 5 cegos a atravessar uma rua paralela à BR. Contei 5 em um dia que fiquei ali. Poucas são as pessoas que prestam atenção nisso e ajudam.

Como dizem, atitudes são como árvores. Vamos plantando e um dia teremos um mundo mais verde.

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Quando acordar
Bom dia
A madrugada vem te olhar tranquila
E vai avisar
O dia
Que pode te acordar
Bom dia, anjo.  "

domingo, 19 de junho de 2011

Meia Noite



Encontro com escritores consagrados, pintores, um pouco de La Belle Époque...
Um charme de figurinos, músicas lindas, diálogos incríveis.
Encantador, surreal e marcante.




segunda-feira, 13 de junho de 2011

Naturalmente, falando


Sobrevivi ao dia dos namorados!

Mas passei um frio terrível, penso que deve ter sido a noite mais fria deste ano!
Meus pés congelaram. Não por falta de coberta ou edredon. Nem por falta de meias, calças, blusas, tocas, luvas. Tudo no plural. Não sei bem o motivo, mas meu quarto estava tão frio, tão frio... e foi assim que dormi. Não tinha como levantar e pegar outro cobertor, porque não queria desarrumar meu ninho, já tinha me acomodado entre as cobertas e levantar naquele momento seria meu fim. Então, o jeito foi encontrar uma boa posição, me entender com o travesseiro e me render aos sonhos. O bom do frio é poder estender o sono sem se sentir culpada. Um dos melhores prazeres em vida é dormir bem e no frio você dorme bem, fica mais tranquila. Não existe aquela necessidade de precisar sair para fazer algumas coisas que no verão você faria com muita praticidade ou se pronunciaria em fazer. Me parece que as coisas não são assim, tão emergenciais ou “que nada é pra já”. Em contra partida, o frio é emergencial. Ele não chega sorrateiramente, como de repente uma manhã de verão. Ele chega literalmente arrepiando seu dia. Entrando pelos poros. Mostrando que você é igual a qualquer um.
O interessante das estações é que elas apontam (ainda que você não perceba) que você faz parte deste todo. Ainda que você entre em seu carro, esteja “protegido” de todos os males, ainda que tenha um guarda chuva, luvas, botas, aquecedor, ar condicionado, ou seja, tudo o que o homem faz para se precaver e se sentir poderoso por “driblar” as ações do clima, ainda assim, a natureza impera e em um momento ou outro, você estará preso no trânsito por conta de uma enchente, ou preso em uma padaria por conta de um alagamento, ou pego de surpresa em um dia tipicamente paulistano: com sol, chuva e frio, ou tomando aquele maravilhoso sol, quando você não gostaria que ele fosse tão forte. A natureza é assim. Me questiono se seria ela a causadora de alguns dos problemas que não gostamos de assumir...

No dia seguinte, fui caminhar no Parque Rizzo. Foi bom. O vento. Escalar a montanha. Sentir a luz do sol avermelhada quando fechei os olhos. O vento no alto da montanha... Sem falar no cheiro das árvores, de mato, mesmo. Um pequeno, muito pequeno espaço verde, longe da minha casa. Fiquei pensando que cada vez existem menos espaços verdes como aquele.

Passei frio lá também... Era a natureza, ainda que alterada, sussurrando através do vento.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cabe o meu amor



Essa música não sai da minha cabeça...
E de muitas pessoas também, com tantos acessos no youtube e paródias feitas por diversas outras "bandas"...

A ideia é muito boa!

[Voto :) Positivo]


"
Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa
Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois
Cabe até o meu amor
                      
                                                                  "

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Para ver as meninas

Silêncio, por favor
Enquanto esqueço um pouco
A dor do peito
Não diga nada sobre meus defeitos
Eu nem me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais no braço
Só esse amor assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
A meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito


(Paulinho da Viola)

sexta-feira, 3 de junho de 2011


...Diversidade, xenofobia, preconceito, desencontros, pontos de vista, abuso de poder, procura por redenção ...

Olhos azuis, olhos negros.